O governo do Distrito Federal (DF) anunciou, este mês, que, a partir de 1º de julho, o dinheiro em espécie não será mais aceito para adquirir as passagens diretamente dentro dos ônibus. Os cartões Mobilidade e Vale Transporte serão os únicos meios aceitos diretamente nas catracas dos coletivos.
Esta medida comprova que a proposta do Sintronac, apresentada aos municípios de sua base de atuação e ao governo do estado do Rio, está correta, pois o fim da circulação do dinheiro nos coletivos, além de tirar do motorista a função de cobrador, também reduz o número de assaltos, o que contribui enormemente para amenizar a carga de estresse dos rodoviários.
A diferença entre a proposta do Sintronac e a medida do governo do DF é que o sindicato sugere o acesso dos passageiros aos ônibus com todos os tipos de cartões, inclusive os bancários de crédito e débito. Já na capital federal, os cartões Mobilidade e Vale Transporte serão os únicos meios aceitos diretamente nas catracas dos coletivos. Os acessos poderão ser comprados pelo aplicativo BRB Mobilidade, caso já tenha o cartão, ou em um dos 128 pontos de vendas espalhados pelo DF com cartão de crédito ou débito, Pix e dinheiro em espécie.
“Sabemos que o dinheiro em espécie é um dos atrativos para os marginais e, ao mesmo tempo, tira a atenção do motorista, que também atua como cobrador. Com o amplo uso dos cartões, evitaríamos esses dois males. E a adoção da medida pelo Distrito Federal comprova que nossa proposta é viável e recomendável”, afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
Em Curitiba, por exemplo, desde 2022 os usuários do transporte coletivo pagam as passagens com cartões de débito e crédito à vista, relógios inteligentes e smartphones. Além dos ônibus, a funcionalidade está ativa nos 22 terminais e nas 335 estações-tubo da capital paranaense.